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domingo, 18 de janeiro de 2009

18 de Janeiro de 1934

O fascismo instalou-se na Itália, com Mussolini e, internacionalmente, na Alemanha de Hitler, em 1933. Em Portugal, o fascismo chegou em Julho de 1932, quando Salazar tomou conta da chefia do Governo. Em 31 de Dezembro de 1933, Salazar proibiu os sindicatos livres. Esta foi apenas mais uma das acções de repressão e de violação das liberdades individuais do povo Português. Mas a exploração, o desemprego e a coacção sobre as massas operárias era tão evidente e tão anormal que, naturalmente, provocou a revolta dos trabalhadores. No dia 18 de Janeiro de 1934, o levantamento operário fez tremer Salazar. De 17 para 18 e durante todo o dia 18 de Janeiro, aconteceram no país cortes de linhas telegráficas, descarrilamento de comboios, explosões, assaltos a postos policiais, etc. .

Contudo foi na Marinha Grande que o movimento operário teve mais expressão graças à maior coesão dos trabalhadores. Estes dominaram a povoação e submeteram a força local da GNR. De madrugada, grupos de acção, cada um de cinco operários, concentraram-se fora da localidade e convergiram depois para os pontos estratégicos: na Quinta do Banco interromperam a via férrea; no Cruto do Valeirão cortaram árvores para obstruírem as estradas; cortaram as linhas telefónicas; um grupo desloca-se a Leiria para ajudar no corte de linhas eléctricas entre Leiria, Batalha e Pombal; os últimos grupos ocuparam o posto da GNR e o edifício dos Correios. A população veio para a rua e solidarizou-se com o movimento. Contudo, rapidamente, as forças militares da Infantaria 7, Artilharia nº 4, a polícia e a PIDE atacaram e puseram fim ao movimento.

texto e fotos tirados daqui

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A tradicional sopa do vidreiro:

Esta sopa constituía o habitual almoço dos vidreiros, a mulher ou a filha levava-lhes o almoço que comiam no pátio das fábricas...
Ingredientes:Bacalhau; Batatas; Ovos; Pão; Broa; 2 dentes de alho; Azeite
Preparação:Pões-se o bacalhau a cozer com as batatas cortadas às rodelas e dois ovos sem casca.Enquanto tudo isto coze, num tacho à parte, miga-se o pão, miolo de broa e dois dentes de alho. Quando os ingredientes que estavam a cozer estiverem prontos, retiram-se do lume e põem-se por cima do pão e da broa.Tempera-se com azeite e está pronto a servir.
tirado daqui foto e texto
um dia destes quando fizer outravez tiro foto desta sopinha,maravilha,jinhos e bom domingo...

4 comentários:

  1. Desconhecia esta parte da história.

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  2. Para quem nasceu em 1946 como eu ou mesmo um pouco depois, conhece de cor essas estórias do fascismo. Havia repressão sim senhor, mas desemprego foi coisa que nunca me bateu à porta porque se eu hoje saísse de uma empresa 24 ou 48 horas depois estava colocado noutra sem problemas de maior. Comparado com o que hoje e desde há uns anos a esta parte existe, não existe comparação possível.
    Havia fome? Havia sim senhor, e hoje anda tudo de barriga cheia? Havia miséria? Havia sim senhor e hoje o que existe? Riqueza? Os partidos que nos (des)governam desde Abril'74 acabaram com a classe média em Portugal. Se antes existiam ricos, pobres e remediados, hoje apenas existe a classe dos ricos (devidamente apoiada pelos governantes) e a classe dos pobres que andam a contribuir para a maior riqueza dos ricos. Porque é dos pobres que sai o contributo para que eles enriqueçam. Nunca o sistema financeiro (leia-se banca e instituições financeiras) exploraram tanto como hoje quem dele precisasse. Justiça? Existia sim senhor e segurança também! Coisas que hoje já deixaram de fazer parte do nosso dia a dia. Ladrões, roubos, existriam? Existiam, sim senhor mas rapidamente eram apanhados e sofriam as consequências e de que maneira! Hoje, mata-se, esfola-se, viola-se, rouba-se e saem em liberdade! Ao abrigo dos proclamados Direitos Humanos. E onde pairam os Direitos dos agredidos, dos violados, dos roubados?
    Apesar de não me identificar com o Bloco de Esquerda, eles têm uma frase com a qual concordo plenamente: "O governo protege a banca e quem nos protege a nós?"
    Muito haveria para falarmos sobre o que era o antes e o que é o depois, mas penso que este não é o local próprio. Contudo, este post chamou-me a atenção para o facto de se celebrar hoje essa data histórica. Não nutro nem nunca nutri qualquer simpatia pelo fascismo, convivi com ele sem problemas e não era por existir a PIDE que não dizia mal do Salazar sempre que necessário, como hoje faço com estes pseudo-democratas que se intitulam de revolucionários. Sei que estou a tocar num ponto quente para muita gente, mas quem me conhece sabe que nunca fui de calar a boca e antes, como hoje, digo o que penso e o que sinto porque, apesar de antes viver em fascismo e hoje viver um social-fascismo, considero-me um Homem Livre de pensamento e de ideias.

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  3. Belinha gostei de ler o artigo, mas....o desemprego, a coação, a falta de liberdade "camuflada" não estará a ocorrer HOJE, também? ÀS vezes penso que talvez esses tempos ainda existam, no entanto de uma forma mais subtil...Concordo com o comentário do Cozinheiro da treta....

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  4. :-) hoje aprendi mais uma coisa contigo!!! beijocas

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Obrigada pelos vossos comentários um beijo sempre amigo da Belinha

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