Introdução
A Quinta de Mosteirô fica situada no nordeste de Portugal, rodeada de montanhas que lhe dão características mesológicas e climáticas particulares, fazendo parte integrante da Região Demarcada do Douro (sub-região do Baixo Corgo), classificada pela UNESCO, em Dezembro de 2001, como Património da Humanidade na categoria de paisagem cultural.
Nesta região, banhada pelo Rio Douro, produzem-se vinhos há mais de 2000 anos, e é a origem de um dos vinhos mais famosos do mundo: o Vinho do Porto. A Região Demarcada do Douro é também mais antiga região demarcada e controlada do mundo a ser reconhecida. A sua criação iniciou-se durante o reinado de D. José I, pelo seu Primeiro-Ministro Sebastião José de Carvalho e Melo (futuro Marquês de Pombal), através da criação da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro (por Lei de 1756).
As referências mais antigas à Quinta de Mosteirô datam do séc. XII (Fernandes, 1991-1993: vol. I, 80, Doc.74), porém o primeiro registo (conhecido) em que se referencia a produção de vinhos reporta a meados do séc XVI, na obra de Rui Fernandes “Descrição do Terreno ao redor de Lamego duas Léguas (1531-1532)”. De acordo com este documento, a Quinta de Mosteirô pertenceu e foi administrada pelos Monges de Cister de S. João de Tarouca. Os Monges Brancos (assim conhecidos em razão da cor do seu hábito) instalaram-se nos sítios mais férteis e aprazíveis do Douro, onde desenvolveram a cultura da vinha através da implementação dos seus métodos vitivinícolas, baseados num grande cuidado com a plantação das videiras e na escolha criteriosa das castas.
Segundo o mesmo documento, a qualidade do terreno e a elevada produção da Quinta de Mosteirô colocou-a entre as maiores quintas vinhateiras do Douro da época. Todo o vinho produzido na quinta era de elevada qualidade e como tal considerado na sua totalidade vinho de carregação. Os vinhos de carregação eram na sua grande maioria embarcados para exportação, alimentando um movimento constante que o tempo solidificou, e que se desenrolou ao longo dos séculos até aos nossos dias.
Em 1983 a Quinta de Mosteirô foi comprada pelo actual proprietário - José Arnaldo Coutinho. Mais tarde, em 1991, sob a direcção do seu filho Manuel Coutinho, as vinhas foram reconvertidas segundo as directrizes regionais e comunitárias para a produção de vinhos do Douro e Porto. As vinhas foram completamente replantadas com castas nobres da região em talhões (porções de terreno) separados e identificados que permitem fazer vinhos por casta. Esta plantação foi feita ao alto, isto é, plantando as videiras na direcção da inclinação do terreno, por várias razões, entre as quais:
• A mais fácil e correcta distribuição das castas;
• A optimização das densidades de plantação;
• Menor incidência de doenças da vinha;
• Uniformidade da maturação;
Das cerca de 180 castas recomendadas pelos organismos oficiais para a produção de Vinhos do Porto e DOC Douro, foram seleccionadas 22: Brancas - Códega do Larinho, Esgana Cão, Gouveio Verdelho, Gouveio Real, Malvasia Fina, Rabigato, Viosinho e Fernão Pires: Tinto - Tinta Amarela, Tinta Barroca, Tinta Roriz, Tinto Cão, Touriga Fêmea/Brasileira, Touriga Franca, Alvarelhão, Bastardo, Sousão, Tinta Francisca, Touriga Nacional, Alicante Bouschet, Rufete e Tinta da Barca. Esta selecção permitiu que se recuperassem castas muito antigas perfeitamente adequadas ao terroir.
O cultivo da vinha é feito respeitando as características do solo de forma a promover uma agricultura sustentável. Para isso, adoptámos o Sistema de Produção Integrada – um sistema agrícola de produção de alimentos de alta qualidade utilizando os recursos naturais e os mecanismos de regulação natural em substituição de factores de produção prejudiciais ao ambiente. Através da adopção de métodos agrícolas sustentáveis, e aliado aos muitos outros cuidados com que cultivamos as nossas videiras, resulta a produção de uvas de elevada qualidade.
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Frango com Cerveja
Há 1 dia
Parabéns pela parceria! :)
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